Se para realizar meu sonho dependo do tempo, porque ele não me é generoso? Porque não me permite o possuir? Selvagem criatura que se recusa a ter dono.
És tão sábio e então me pergunto: Quem sou eu para questioná-lo? Regente de nossas vidas, desde o início é você que me carrega rumo ao fim.
Porém te suplico, como mero ser subordinado, permita-me poder aproveitá-lo com aquilo que eu gosto e não com obrigações a mim impostas.
Carol.
Oi Carol, como vc vê nem demorou tanto minha visita. Adorei o seu blog, que além de filosofia, tem literatura e fotografia - adorei as suas fotos. Escrevo uma narrativa em que a personagem é um fotógrafo que escreve e um escritor que fotografa. Mas, para inaugurar esta conversa, queria falar sobre o tempo também. Gostei de seu modo de olhar o tempo. Veja como fica então: O tempo. Vivi sempre sob seu poder. De uma forma ou de outra, obedece-se a ele? Objeto de meu temor, de meus desejos e de minha negação mais veemente, poderia dizer. Por isso, nem sempre soube exatamente o que fazer com ele. Saberia quando? Como entendê-lo. Como apreendê-lo. Sequer, por vezes, acredito nele. Se experimentamos sua passagem, também somos levados a supor que toda esta transitoriedade está senão em nós. E nós é que o inundamos de nossa própria temporalidade que não há fora de nós, fora da construção física, imaginária ou conceitual que dele fazemos. Não tem idade, fímbria nem dobras, porque não existe. O tempo não tem, ou melhor, não há que ser pensado em termos de períodos estanques, predefinidos: passado, presente e futuro. Compartimentados, etiquetados, identificados. Abraço. Nilo
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